À beira de enlouquecer! Ansiedade Generalizada (TAG)
- Cleunice Paez
- 12 de ago. de 2024
- 3 min de leitura
A ansiedade generalizada surge de um quadro muito extremo de incômodo físico e incontrolável, em que a pessoa sente que algo muito ruim está prestes a acontecer e que uma catástrofe inevitável está por vir. Facilmente, a pessoa perde o controle da situação, preocupando-se excessivamente com seu futuro. Acredita ser incapaz de resolver a situação e passa a ver a vida constantemente de forma negativa.
Ser ansioso é um estado físico e mental de preocupação; porém, existe a compreensão de que seus medos podem ser resolvidos ou tolerados. Já na ansiedade generalizada, sua vida se torna um estado de hipervigilância constante, acometendo todas as áreas da vida e gerando muito desgaste físico e mental, por compreender que a situação é “terrível” mais do que o normal, e pela baixa tolerância à frustração, tudo se torna insuportável. A impressão é que seus problemas sempre são maiores e piores que os das outras pessoas, e a vida se torna uma constante preocupação com o futuro, com muita dificuldade em estar presente e consciente no dia de hoje.
O tratamento deve consistir em três formas para sustentar a amenização dos sintomas. Trabalhar o mental é o ponto mais importante para a compreensão de que muitos pensamentos são irreais e que pode existir uma solução. Diante de pensamentos negativos, o organismo se altera, provocando sintomas físicos como aceleração do coração, falta de ar, insônia, entre vários outros sintomas físicos típicos da ansiedade, e este seria o segundo ponto a ser trabalhado em terapia, com técnicas de relaxamento ou formas de diminuir o mal-estar físico, muitas vezes associado a tratamento psiquiátrico com ansiolíticos ou antidepressivos.
O terceiro ponto são os aspectos comportamentais, a forma como a pessoa reage diante desse estado de preocupação. Às vezes, a forma mais clara de observar são as alterações no comportamento, incluindo evitação e isolamento.
As pessoas têm gatilhos mentais que desencadeiam esse estado extremo. Identificar e organizar essas estruturas mentais seria a melhor forma de encontrar soluções. Esse grau de ansiedade está sempre associado a quadros depressivos, falta de concentração ou outras comorbidades (doenças associadas), e muita dificuldade de sentir felicidade com a vida.
Normalmente, essas preocupações não são produtivas, isto é, são medos excessivos. A terapia tenta trabalhar esses medos de forma que se tornem preocupações produtivas, fazer algo a respeito, entender o contexto e verificar se algo pode ser mudado, tornando-os produtivos, resolvendo-os, buscando meios de trabalhar e modificar pensamentos bloqueadores que se fecham para soluções, já que os medos muitas vezes causam uma espécie de cegueira diante das possibilidades.
Treinar a mente para identificar os gatilhos mentais e aprender a trabalhar esses pensamentos é de grande ajuda, especialmente quando a pessoa estiver sem terapia ou em uma crise mais acentuada. Modificar os pensamentos negativos não é tornar a pessoa positiva diante dos fatos, mas trazer uma realidade em que a pessoa conseguirá se acalmar e sair do estado emocional eufórico ou depressivo, produzindo pensamentos mais concretos e verdadeiros; chamamos isso de reestruturação cognitiva.
Muitas vezes, as pessoas se encontram tão preocupadas com inúmeras coisas que não conseguem enumerá-las ou identificá-las, ou se perdem diante da bagunça mental, e é esse processo que bloqueia a solução.
Buscar ajuda terapêutica é o primeiro passo para sair desse mal-estar que a ansiedade causa. Organize seus pensamentos, e sua saúde mental e física pode voltar a se estruturar. Acalme-se, busque um psicólogo, ele poderá te ajudar.

Σχόλια